quarta-feira, 28 de outubro de 2009

QUERO SALVAR O MUNDO, MAS...




Por Afonso Júnior



Se te perguntassem, o que você gostaria de fazer da sua vida, qual seria sua resposta?


Foi difícil de acreditar, mas uma pesquisa realizada em um blog que acompanho recebeu algumas respostas e o mais incrível é que o termo "ser voluntário em algum projeto social" foi o que mais apareceu. Tanta gente querendo ajudar outras pessoas...


Convivo com muitas pessoas e hoje sei que é difícil lidar com os seres humanos. Pensamentos diferentes, dualidades... Também sou assim! Uma hora quero continuar estudando cada vez mais e continuar sendo bom no que faço e outra hora (talvez no mesmo dia) quero largar tudo e ir vender picolé em Porto Seguro (adorei esta frase que não sei onde li e vi uma incrível possibilidade de vida nova...).


Como entender uma pesquisa desta se ligo a televisão ou leio a capa de jornais baratos ou mesmo acesso portais de notícias na internet e me deparo com letras gritantes anunciando: "bebê arremessado pela mãe deixa o hospital", "menina de 15 é estuprada, vê duas serem mortas e foge", "ataque mata 90 no Paquistão", "PMs são presos acusados de tráfico" e ainda "As indústrias são as que mais contribuem com a poluição do ambiente"?


Quando vejo estas notícias, sou levado a pensar que os seres humanos podem ser violentos, insensíveis, ásperos e pouco amorosos, e o resultado da pesquisa é de surpreender e me colocar a pensar.


Acredito que até mesmo pelo instinto, somos capazer de "dar uma mãozinha" para ajudar as outras pessoas. Mas, existe um grande problema que muitas pessoas precisam superar: embora exista esta vontade de ajudar ao próximo, a maioria de nós (me incluo nessa) nem sempre consegue se ajudar.


Também sou dessas pessoas que acreditam que podem salvar o mundo, mas às vezes não sou capaz de dominar nem minha pia cheia de louças sujas ou mesmo resolver sem complicações problemas em relacionamentos familiares, até porque não acho que exitam relacionamentos sem "complicações". Queremos acabar com a guerra do Rio de Janeiro e consertar o que há de errado no mundo todo, mas não conseguimos consertar nossas frustrações, nossas angústias, nosso coração partido e nossa incapacidade de receber e aceitar um não. É necessário aprendermos que não existe uma forma de darmos o que não temos! Por isso, enquanto não formos capazes de nos resolver internamente, de sermos nossa própria fonte de paz e alegria, re reconhecermos e aprendermos com nossos erros, não seremos capazes de fazermos o que o mundo precisa que façamos.


A honestidade, a gentileza, a generosidade, ajustiça e a verdade são comportamentos que podem fazer uma transformação em nossas vidas. E acredite, nossas vidas fazem parte de um "todo" muito maior que às vezes não somos capazes de perceber e que vai o tempo inteiro ser modificado por nossas mais pequenas, simples e muitas vezes impensadas ações.


Salvar a Amazônia e a saúde do nosso Planeta é realmente importante, mas que tal salvar primeiro sua qualidade de vida e sua saúde? Enquanto cada um de nós não se empenhar nas próprias transformações, as coisas grandes ficarão por fazer.


Ajudar os outros faz um bem danado. Mas procure se ajudar também! Aposto que se você procurar fazer uma transformação interior pautada em bons comportamentos que te façam sentir bem, conseguirá causar um impacto enorme no mundo e nas pessoas que convivem com você!


Até semana que vem!




quinta-feira, 15 de outubro de 2009


Olá! Para comemorar as quase 6.000 visitas, fiz um vídeo e postei no youtube.

O link?


Espero que gostem! Quem sabe não vire mania?

Abração!

Afonso Jr.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

COMO ANDA SEU AVESSO?

Ouvindo o novo cd da Maria Bethânia, me deparei com uma frase lidíssima que diz o seguinte: “o mais importante do bordado é o avesso...”.

Curiosamente repensei essa frase e apliquei em minha vida. Convido você para também fazer isso. Veja bem: o mais importante em nossa vida, não é o que somos externamente, mas sim internamente! O nosso lado externo reflete o nosso lado interno. Pelo menos é assim que deveria ser...

Quantas vezes vivemos em um estado de ansiedade, frustrados, cansados, de mau humor, mas sempre passando para os outros que estamos bem? Quantas vezes vestimos a “máscara do bom humor” para tentarmos passar uma falsa imagem que está tudo bem?

Não entendo muito bem de bordado, mas sei que quando as pessoas vão comprar algo feito à mão, para avaliar a qualidade, buscam sempre o avesso. Apesar de ser o que não aparece, ele é o mais importante. Demonstra a qualidade, o cuidado.

Como está o seu avesso? Como você está internamente? Vive demonstrando uma falsa realização, uma falsa alegria?

Saiba que viver bem consigo mesmo é o que conta. E viver bem significa ter um equilíbrio interno e externo.

Hoje trago um texto do Padre Fábio de Melo. Fala sobre o que carregamos pela vida... Quem sabe não seja hora de parar e avaliar o seu avesso e talvez deixar para trás os nós mais embaraçados que tem impedem de viver plenamente?

O peso que a gente leva...

Padre Fábio de Melo


Olho ao meu redor e descubro que as coisas que quero levar não podem ser levadas. Excedem aos tamanhos permitidos. Já imaginou chegar ao aeroporto carregando o colchão para ser despachado?

As perguntas são muitas... E se eu tiver vontade de ouvir aquela música? E o filme que costumo ver de vez em quando, como se fosse a primeira vez?

Desisto. Jogo o que posso no espaço delimitado para minha partida e vou. Vez em quando me recordo de alguma coisa esquecida, ou então, inevitavelmente concluo que mais da metade do que levei não me serviu pra nada.

É nessa hora que descubro que partir é experiência inevitável de sofrer ausências. E nisso mora o encanto da viagem. Viajar é descobrir o mundo que não temos. É o tempo de sofrer a ausência que nos ajuda a mensurar o valor do mundo que nos pertence.

E então descobrimos o motivo que levou o poeta cantar: “Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!” Ele tinha razão. A partida nos abre os olhos para o que deixamos. A distância nos permite mensurar os espaços deixados. Por isso, partidas e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que é essencial para que a gente continue sendo. Ao ver o mundo que não é meu, eu me reencontro com desejo de amar ainda mais o meu território. É conseqüência natural que faz o coração querer voltar ao ponto inicial, ao lugar onde tudo começou.

É como se a voz identificasse a raiz do grito, o elemento primeiro.

Vida e viagens seguem as mesmas regras. Os excessos nos pesam e nos retiram a vontade de viver. Por isso é tão necessário partir. Sair na direção das realidades que nos ausentam. Lugares e pessoas que não pertencem ao contexto de nossas lamúrias... Hospitais, asilos, internatos...

Ver o sofrimento de perto, tocar na ferida que não dói na nossa carne, mas que de alguma maneira pode nos humanizar.

Andar na direção do outro é também fazer uma viagem. Mas não leve muita coisa. Não tenha medo das ausências que sentirá. Ao adentrar o território alheio, quem sabe assim os seus olhos se abram para enxergar de um jeito novo o território que é seu. Não leve os seus pesos. Eles não lhe permitirão encontrar o outro. Viaje leve, leve, bem leve. Mas se leve.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Dia dos Professores


Esta semana a Coluna Diversidade é dedicada a todos os professores!

Aos nossos mestres que nos convidaram a voar em sua sabedoria,

mesmo sabendo que este voar dependeria das asas de cada um de nós.”

MESTRA DA MINHA VIDA!

Mariângela de Lourdes Coutinho Souza Silva -

Educadora Social - dmariangela09@yahoo.com.br

Em minha vida tive vários professores (as). Cada qual com sua performance, com suas crenças, com sua força, com suas expectativas, sua vontade de transformar o mundo para um ainda melhor, outros frustrados e infelizes por serem educadores. Mas a essência que colhi de todas as aulas assistidas – boas ou ruins - deixaram-me na vida a certeza maior: que iria ser uma educadora de verdade, comprometida com todos aqueles que passassem pelo meu caminho de educadora. Penso que atingi meus 90% daquilo que estipulei para mim mesma para ser educadora que ama o que faz. Os 10 % que faltam é por conta de poder escorregar, levantar, estudar mais, aprender mais, desculpar-me mais e ir gradativamente crescendo como ser humano que semeia o gosto de ensinar.

No dia 15 de outubro comemora-se mais uma vez o Dia do Professor! Se fosse homenagear todos aqueles que passaram pela minha vida, não caberia em quase nenhum jornal, pois há lindas recordações de educadores que de tão bons me fizeram crer na força que todo educador possui – foram eles que me deram o ” empurrão “ para ser professora.

Mas hoje quero prestar minha homenagem à minha primeira professora: Todos imaginam que seja a do pré escolar, mas não foi: Quando criança, tive um sério problema de saúde que me levou a tomar fortes remédios que me impediram de ir à escola. Durante uns anos, minha mãe foi minha primeira professora: com a vida cheia de tarefas de dona de casa, costureira, mãe de família, esposa dedicada, conseguiu arrumar umas horas a fim de me ensinar a ler e a escrever, a conhecer os numerais, a fazer todos os treinos de controle motor fino e grosso de que necessitava. Tudo isso foi feito com a Pedagogia maior que possuía: a Pedagogia do Amor!

E foi assim, aos cuidados de minha mãe tanto com minha saúde tanto como minha primeira educadora que pude ser alfabetizada rapidamente, e tão logo pude diminuir a dosagem dos remédios e me sentir apta para freqüentar a escola, minha mãe se dirigiu ao Colégio Normal Santa Catarina em Juiz de Fora, a fim de me matricular para o ingresso da 2ª série.

A Irmã Superiora, disse a ela que não teria condições de acompanhar a turma, que era mais viável começar no outro ano. Mas minha mãe, sábia o bastante do que havia proporcionado a mim como uma educadora, insistiu, pedindo à Irmã que me aplicasse então uma prova, a fim de constatar se poderia ou não ser incluída naquele colégio.

Assim, a Irmã consentiu que fizesse a prova para conclusão ou não de meu ingresso no colégio. Passei na prova e iniciei no colégio que tanto marcou minha vida! (Para espanto da direção, pois não contava com minhas excelentes notas).

A minha primeira professora foi Maria José Coutinho Souza - minha mãe! Como orgulho-me que isto tenha acontecido em minha vida! E hoje, sempre quando inicia-se mais um ano letivo, observo com muito sentimento as crianças que choram ao deixarem sua mãe no portão dizendo : - “Mamãe vem te buscar, não se preocupe!”

A mim foi dada a graça de poder sentir minha mãe pertinho de mim a me guiar no caminho dos estudos, a sentir seu hálito doce a murmurar tudo o que precisava aprender, a esquentar minhas mãozinhas com sua mão quando guiava-me com o lápis na mão, no caderno cheiroso e bonito que comprara pra mim, a sentir o gosto de seu sorriso a me dizer : - Muito bem, minha filha, você acertou, parabéns! A dizer para mim: - “Amanhã teremos prova, pois quando você for para o colégio irá ter provinha também”...

Hoje, adulta, professora, quando escrevo textos, livros, mensagens, poesias, sinto que em cada palavra há o registro de tanto amor depositado por mamãe. Que bom saber que a minha primeira professora foi aquela que foi a primeira a ensinar-me tantas coisas na vida... E agora, retribuo a ela com uma das maiores lições que me passou: a gratidão!

Obrigada, minha mãe! Sei o quanto se esforçou e se entregou para chegar a educar-me tão perfeitamente, a ponto de em meu primeiro boletim haver nota 10 em Português e 9 em Francês! À senhora, mamãe, tenho somente que dizer: “A verdadeira medida de sua educação não é o que você sabe, mas como você compartilha “(Kent Nerburn).

Minha primeira professora: - minha mãe! A ela rendo homenagens no Dia do Professor: “O conhecimento está nas palavras, a sabedoria no silêncio”. Muitas vezes o seu silêncio mãe, foi a medida mais certa para que eu soltasse a minha voz a fim de partir para o mundo da educação!

Muito obrigada, Mestra da minha vida - farol eterno de minhas realizações! Parabéns pelo seu dia! Você merece!

domingo, 4 de outubro de 2009

São Francisco de Assis

ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

*****

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa , que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido,
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se nasce para a vida eterna...

*****


Este é o Zen!
Obrigado a toda a galera do Orkut, comunidade Eu amo Lhasa Apso! Vocês estão sendo fonte de energia e esperança!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Qualidade de Vida do Idoso - Fotos - PARTE V



Qualidade de Vida do Idoso - Fotos - PARTE IV









Qualidade de Vida do Idoso - Fotos - PARTE III










Qualidade de Vida do Idoso - Fotos - PARTE II










Qualidade de Vida do Idoso - Fotos - PARTE I










PSICODRAMA


As respostas para nossa dúvidas estão dentro de nós mesmos. Quantas vezes não nos enganamos, traímos nossa própria confiança e seguimos por caminhos que mesmo contra nossa vontade nos são apresentados por outras pessoas e parecem ser interessantes?

Muitas pessoas acham que medicamento é santo, que pode tudo. Traem seus sentimentos e procuram nos medicamentos “a cura”. Remédio para engordar, remédio para atenção, remédio para emagrecer, remédio para esquecer o passado, remédio para continuar a viver...O medicamento é apenas um instrumento na área da saúde que ajuda sim, mas que deve ser levado em conta que é algo químico, que nosso corpo não produz e portanto, pode também fazer muito mal.

O artigo de hoje foi escrito pela Letícia, aluna do curso de Terapia Ocupacional da Unipac Lafaiete e fala sobre uma técnica terapêutica de teatro utilizada no tratamento de pessoas com doenças mentais. Outro instrumento da área de saúde, mas que não possui química e não é contra indicado para nada!!!

O legal disso? Mostra que é possível tratar sem ficar preso apenas em medicamentos.

PSICODRAMA: O TEATRO TERAPÊUTICO A SERVIÇO DO TRATAMENTO NA SAÚDE MENTAL

Por Letícia Maria da Silva Almeida

Nosso teatro precisa estimular a avidez da inteligência e instruir o povo no prazer de mudar a realidade.

Bertolt Brecht

O Psicodrama, também conhecido como teatro terapêutico surgiu através de experimentos de improvisação teatral, com o tempo, tornou-se uma ferramenta de trabalho dos profissionais da área de saúde mental. Sua importância acontece no momento em que o sujeito “se vê” na sua própria realidade e consegue construir uma crítica sobre seu comportamento.

Durante uma oficina de Psicodrama um dos participantes que se sente mais a vontade relata uma situação que lhe trouxe questionamentos durante sua vida, logo em seguida outros participantes fazem a dramatização da cena. Neste momento os demais observam o fato conforme aconteceu, e surge a oportunidade para o grupo completo discutir o tema em conjunto, mediado por um coordenador.

No teatro todos os homens são mobilizados e se deslocam do estado de consciência para o estado de espontaneidade, do mundo dos efeitos reais, dos pensamentos e sentimentos reais, para um mundo de fantasia que inclui a realidade potencial.

Através da oficina de Psicodrama todos os participantes são convidados a interagir com os problemas do outro, passando a “se colocar” no lugar do outro, vivenciando situações que também fazem parte de seu cotidiano. Desta forma colaborando para facilitar a compreensão e/ou resolução das questões que lhe trazem conflitos.

As oficinas terapêuticas são ferramentas utilizadas pelo terapeuta ocupacional. A Terapia Ocupacional vem se aperfeiçoando cada vez mais na abordagem de atendimento aos indivíduos acometidos pela doença mental. Este atendimento ocorre principalmente em Centros de Atenção Psicossocial ou CAPS.

Com a implantação da rede de serviços substitutivos, o terapeuta ocupacional passa a ter uma prática voltada para atender os pacientes graves fora da internação psiquiátrica. Diferente da ação periférica e desqualificada desenvolvida no hospital psiquiátrico, cuja atuação era basicamente ocupá-los para manter a ordem, com pouca interferência na promoção de saúde e na melhora da condição de vida dos mesmos.

Através das oficinas terapêuticas prioriza-se estratégias que viabilizem a construção de vínculos sociais e produtivos. Dentro dos objetivos da oficina de psicodrama podemos citar: desenvolver atividades como instrumento de auto-valorização, visando a ampliação dos espaços socioculturais e à emancipação pessoal e social; criar alternativas para um maior enriquecimento do cotidiano, proporcionando oportunidades para a expressão criativa e individual; propiciar momentos de reflexão sobre atitudes, conceitos e valores acerca da dependência química; prevenir a solidão e o isolamento; incentivar a participação e potenciar a inclusão social; fomentar as relações interpessoais e intergeracionais; fortalecer vínculos com a família e a comunidade.